quinta-feira, 14 de junho de 2012

Com um pé na final !


Se de um lado da chave das semifinais da Libertadores temos um confronto espetacular entre Santos e Corinthians, no qual o alvinegro de Parque São Jorge saiu na frente, mesmo jogando na Vila Belmiro, na outra semifinal, as coisas não são menos emocionantes. O confronto do sempre temido Boca Juniors contra a vistosa equipe de La U não deixou a desejar. E o Boca conseguiu dar um grande passo rumo à final após a vitória por 2 a 0 em plena La Bombonera.
Alguns comentaristas, geralmente pouco informados, diziam no começo da competição que a equipe argentina estava ‘meia boca’. Grande engano. Como característica de seu técnico Julio Falcioni, os xeneizes apresentam um padrão de jogo muito sólido, com uma defesa segura e com jogadores de meio de campo que chegam ao ataque com muito perigo.

Silva faz o giro e bate para marcar o primeiro gol do Boca
Pela Universdad de Chile, mais conhecida apenas por La U, o futebol bonito e ofensivo que conquistou a Sul-Americana de 2011 precisou de algumas novas peças de reposição, por conta da saída do zagueiro González e do atacantes Vargas, mas manteve-se em um nível elevadíssimo. Não à toa chegou até esta semifinal de Libertadores.
Como sempre ocorre em partidas importantes do Boca em casa, La Bombonera estava totalmente lotada e com uma festa muito grande. Logo nos primeiro minutos, o cenário que duraria a partida inteira foi apresentado aos espectadores: um jogo parelho, com o Boca buscando o ataque e La U tentando encarar de igual para igual os mandantes.
Porém, tanto torcida, quanto a equipe do Boca ficaram, no mínimo, aliviadas com o gol de ‘El Tanque’ Silva logo aos 15 minutos do primeiro tempo. Depois de conseguir criar boas chances com Erviti e Schiavi, o camisa 19 mostrou que é um centroavante de respeito e após cruzamento da direita de Mouche, dominou a bola na marca do pênalti, girou e bateu de canhota para estufar as redes de Johnny Herrera e abrir o placar.
Como de costume, Silva comemora muito ao abrir o placar em La Bombonera
No restante da primeira etapa, chances foram criadas para os dois lados. A La U ganhou campo e cresceu no jogo. Lorenzetti quase deixou tudo igual em bela cobrança de falta, mas viu Orión voar e realizar excelente defesa. Assim, o 1 a 0 a favor do Boca permaneceu no marcador.
Para etapa complementar, a situação da partida se manteve a mesma do primeiro tempo, mas agora com o Boca buscando ampliar a vantagem, enquanto La U corria atrás do empate. No primeiro minuto, Silva quase marcou novamente depois de desvio em cruzamento de Riquelme, mas Herrera salvou La U com uma grande defesa no canto direito. Pouco depois, Mouche teve a chance de marcar o segundo, mas finalizou muito mal por cima do gol.
O tempo corria e o Boca via amadurecer seu segundo tento. La U não assustava mais e ficava acuada em sua defesa. A pressão azul e amarela aumentava e surtiu efeito aos 10 minutos. Erviti recebeu livre na esquerda, arriscou o chute rasteiro, o qual Herrera não segurou. Sanchez Miño chegou de surpresa e só empurrou a bola para o fundo do gol, para explosão dos mais de 42 mil torcedores presentes em La Bombonera: 2 a 0 Boca.
Sanchéz Miño recebe o cumprimento de Riquelme após marcar o segundo do Boca
O Boca queria mais e quase marcou o terceiro, mas Erviti chegou atrasado para completar cruzamento de Mouche. Porém, com o tempo, a partida ficou mais truncada no meio de campo e as chances de gol diminuíram. La U tentou exercer uma pressão ao gol de Orión nos últimos minutos, mas sem sucesso. Desse modo, o relógio foi correndo até o apito final da partida.
Com a importantíssima vantagem de 2 a 0, o Boca pode perder por um gol de diferença em Santiago, ou mesmo por dois gols caso marque ao menos um, que ainda assim se classifica para final de mais uma Libertadores (seria a 10ª da equipe). Para La U, resta jogar mais do que jogou nesta partida para tentar reverter esta desvantagem e chegar à sua segunda decisão. Somente a vitória da La U por 2 a 0 poderá levar a decisão aos pênaltis.

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