sexta-feira, 25 de maio de 2012

A luta continua...


Em uma partida não tão boa tecnicamente, mas muito emocionante como todos outros jogos pelas quartas de finais da Libertadores, o Santos eliminou o Vélez e garantiu presença em mais uma semifinal do torneio continental. O placar da partida foi 1 a 0, assim como na Argentina, e a definição do classificado foi nas penalidades: 4 a 2 para os santistas.
Precisando do resultado, o Santos logo foi para cima do Vélez. Logo no primeiro minuto, o Peixe quase abriu o marcador. Elano cobrou falta para área, Dracena não conseguiu a cabeçada e a bola acabou tirando tinta da trave direita de Barovero.
A equipe do Vélez logo segurou a pressão inicial dos donos da casa. Com muito nervosismo e tendo que enfrentar uma equipe tranquila, que executava com perfeição a famosa catimba argentina, o Santos não conseguia mais chegar ou criar oportunidades claras de gol.
Torcida santista fez a festa antes, durante e depois da vitória do Peixe
Entretanto, a torcida alvinegra não parava de incentivar a equipe e logo viu esse apoio se transformar em resultado dentro de campo. Aos 39 minutos, Neymar recebeu lançamento e tirou do goleiro Barovero, que derrubou o craque santista na entrada da área e foi expulso. Gareca, técnico do Vélez, tirou Óbolo, autor do gol do primeiro jogo, para colocar o goleiro reserva Montoya. O Santos tentou pressionar nos minutos finais do primeiro tempo, mas nada de gol.
Para o segundo tempo, o cenário da partida estava claro: pressão santista, com um jogador a mais, contra uma equipe do Vélez se defendendo, parando o jogo sempre que possível e tentando matar o jogo em um contra-ataque fulminante.
Como opção para furar a retranca do Vélez, o chute de fora da área era uma boa opção. Adriano arriscou da intermediária e obrigou Montoya a realizar boa defesa. O Vélez não ficava recuado e chegou com perigo em tentativa de Fernandez e Martinez, que pararam no goleiro Rafael e na falta de pontaria.
Neymar buscava jogo, mas se via muito bem marcado pelo jovem Peruzzi. O Santos precisava então de alternativas. Alan Kardec teve sua grande chance, mas desperdiçou após recebe livre, avançar e bater em cima do goleiro Montoya. Muricy Ramalho então decidiu mudar a equipe. Sacou Juan, que não fazia boa partida, e colocou o experiente Léo. E o lateral esquerdo de 36 anos chamou a responsabilidade. Ele pegou a bola na meia esquerda, tabelou com Ganso e deixou a bola para Alan Kardec na entrada da área. O Atacante se redimiu da chance perdida e bateu cruzado no canto direito, marcando o gol que levava a partida para os pênaltis.
Alan Kardec é abraçado por Neymar e Léo após marcar o gol santista
Após o gol santista, a partida ficou nervosa, com muitas faltinhas e poucas chances de gol. O tempo correu e o árbitro Roberto Silveira apitou o final de jogo aos 48 minutos.
Nas cobranças de pênaltis, o Vélez abriu a contagem com Martinez, mas logo Alan Kardec deixou tudo igual. Na sequência, Canteros pegou muito mal na bola e isolou a segunda cobrança pelos visitantes. Ganso teve tranquilidade e bateu firme no canto direito para colocar o Santos em vantagem: 2 a 1. Emiliano Papa, experiente jogador do Vélez e com passagem pela seleção argentina, sentiu a pressão e a malandragem de Rafael, e perdeu outra penalidade. Elano foi para batida pelo Santos e colocou o Peixe em ótima vantagem.
No quarto pênalti, Sebá Dominguez tinha a obrigação de marcar, caso contrário, o Santos já estaria classificado. O zagueiro do Vélez converteu, mas apenas adiou por alguns instantes a festa na Vila Belmiro. Léo, o mesmo que entrou na partida no segundo tempo e começou a jogada do gol, teve então em seus pés a bola da semifinais. E o camisa 3 não decepcionou e estufou a rede para levar toda sua torcida à loucura: 4 a 2 para o Santos nas penalidades.
Léo vibra muito após converter a última e decisiva penalidade
O adversário nas semifinais não é fácil, mas Neymar e companhia estão confiantes e seguros de que podem passar pelo Corinthians para continuar em busca do tetra da Libertadores. É esperar para ver mais esse emocionante confronto!

quinta-feira, 24 de maio de 2012

¡ BOCA CARAJO !


A expressão estampada na capa do jornal argentino ‘Olé’ retrata com exatidão o sentimento e o grito que os torcedores do Boca Juniors tiveram após o gol de Santiago Silva, já aos 45 minutos do segundo tempo, contra o Fluminense, ontem no Engenhão. Isso porque este não foi qualquer gol. Foi o gol da classificação dos xeneizes às semifinais da Libertadores de 2012.
Após uma derrota em La Bombonera por 1 a 0, o Fluminense precisava sair para o jogo logo no início da partida no Rio de Janeiro. E assim o fez. O tricolor das Laranjeiras foi para cima do Boca, tinha o controle da bola, mas não chegava a assustar  o goleiro Orión. Porém, em um lance de sorte, tudo o que jogadores e torcida do Fluminense queriam aconteceu: o primeiro gol. Em falta da intermediária, Carleto concretizou o que seu pai havia sonhado antes do jogo. Com um chute não muito bom, o lateral contou com um desvio na barreira, para ver a bola entrar no canto esquerdo, rente à trave, deixando Orión sem ação na jogada.
Carleto no momento da falta que abriu o placar no Engenhão
Pronto. O Flu já havia tirado a vantagem que o Boca obtivera no primeiro jogo. Agora era só continuar a fazer seu jogo e tentar ampliar a vantagem. Entretanto, não era qualquer adversário que estava do outro lado. Era o seis vezes campeão da Libertadores e tri mundial Boca Juniors. O Fluminense levantava muitas bolas para área, mas sem obter êxito nessas jogadas pelo alto. Assim, o Boca levou a desvantagem de 1 a 0 para o vestiário.
Para o segundo tempo, a equipe argentina voltou com uma postura diferente e não deixou o Fluminense exercer grande pressão em nenhum momento. O jogo havia ficado equilibrado.
O resultado de momento levava a disputa para os pênaltis, mas apenas um gol na partida mudava tudo. Se fosse do Flu, obrigava o Boca a ir ao ataque em busca de ao menos um tento. Entretanto, caso os xeneizes empatassem a partida, os donos da casa é que necessitaria marcar mais dois gols, uma missão ingrata e muito difícil.
As chances não foram muitas para nenhuma das equipes, mas elas aconteceram. A bola do jogo poderia ter sido o desvio de perna direita de Rafael Sóbis após cruzamento rasteiro de Thiago Neves, mas, caprichosamente, o chute tirou tinta da trave direita do Boca e saiu pela linha de fundo.
O jogo se encaminhava para os últimos minutos e as penalidades pareciam ser o destino da decisão. Mas foi quando a partida já entrava nos acréscimos que as estrelas do Boca decidiram aparecer. Riquelme conseguiu lindo lançamento na direita para Rivero, que invadiu a área e bateu cruzado. Cavalieri fez dois milagres no lance, desviando a bola para trave e depois salvando em cima da linha. Porém, a bola ficou viva no meio da área, pronta para ‘El Tanque’ Silva chegar batendo para o fundo das redes, empatando a partida e selando a classificação do Boca.
Silva comemora o gol da classificação xeneize
Com a vaga garantida, o Boca demonstra ser cada vez mais um time ‘copeiro’, principalmente na competição mais importante das Américas. Agora, os xeneizes esperam a definição de seu adversário. Pode ser o vencedor do confronto entre La U x Libertad ou o Vélez Sarsfield, caso este elimine o Santos na noite desta quinta.

Fiel ao futebol!

Foi um jogo daqueles que há muito tempo não se via.  Não é segredo para ninguém que sou botafoguense de coração e de sofrimento, mas aquele sofrimento que ficou evidente nos rostos e almas de vascaínos e corintianos na noite de ontem, me atingiu completamente.

Aquela chamada adrenalina que não passava na hora de dormir e o silêncio durante um jogo disputado, corrido e tenso, tomaram conta dos torcedores brasileiros que viram um primeiro tempo literalmente estudado e um segundo tempo tenso, nada mais do que isso. Tenso. 

No primeiro tempo, ninguém se sobressaiu. No segundo, o Vasco foi bem melhor. Encurralou o Timão no campo de defesa e parou os corações corintianos em pelo menos duas oportunidades: a cabeçada na trave de Nilton e a chance, e que chance, desperdiçada por Diego Souza. Gol perdido? Sim, mas lembre-se sempre, corintiano, da defesa de Cássio. É como disse meu amigo Mogi: "Se der Corinthians na Libertadores, essa será lembrada como a defesa do título", assino embaixo.

Aos cruzmaltinos, fica a frustração pelo gol no fim, mas deste veneno todos provam durante a história no futebol. Rodolfo, Rômulo e Nilton jogaram muita bola. Foi o que fizeram Ralf, Leandro Castán e Paulinho, que mais uma vez foi a "surpresa que sempre aparece" e apareceu para dar uma semifinal com cara de Corinthians nas mãos de Tite, que aliás, neste momento, estava nas mãos da galera. Parabéns ao futebol, parabéns ao Corinthians!




quinta-feira, 17 de maio de 2012

Ah, se fosse sempre assim

Nós que nos acostumamos a ver Felipão reclamando de falta de hombridade por parte dos dirigentes alviverdes, falta de jogadores de qualidade,  reclamando por ter atletas de pouca expressão, jogadores rebeldes, pelo cachorro fazer xixi fora do lugar e papagaio falar fora de hora, parece que o pentacampeão aproveita a boa fase na Copa do Brasil para acalmar os ânimos e, mais do que isso, aumentar o dos seus atletas.

- Ele está bem, está dando sorte com o bigode, com a barba, sei lá o que ele fez. A gente não tem perdido, tem jogado razoavelmente bem. Então, continua com bigode, barba, o que quiser fazer - brincou Felipão com o camisa 10 do Verdão, Valdívia.

Após o bom resultado fora de casa contra o Furacão, com o placar de 2 x 2 (sem contar o gol irregular do Atlético-PR e dois pênaltis não marcados à seu favor), Scolari deve continuar assim, mas que fique bem claro que todo jogador quando tem mais confiança, joga melhor. Com a confiança do técnico, nem se fala. Talvez é isso que tenha faltado nestes últimos resultados desastrosos do Palmeiras, já que o humor do Felipão e até o timbre de voz, não eram como o dessa noite passada já há algum tempo. 




Por falar nisso... e aí Felipão, gostou do novo uniforme do Palmeiras?

terça-feira, 15 de maio de 2012

E agora, Jobson?

Da série "Nós bem que avisamos", o blog JOGADAdeMESTRES relembra uma publicação do dia 22/08/2011. Pois é, parece que de lá pra cá, nada mudou...




E agora, Jobson? 
A festa acabou, a luz apagou. Você que mostrou o que pode fazer, tirou o Botafogo de um rebaixamento, marcando dois belos gols na penúltima rodada contra o São Paulo, fazendo o seu na última partida contra o Palmeiras, se tornou ídolo do alvinegro carioca, passou seis meses inativo e deu a volta por cima. Tempo depois acertou com o Atlético-MG, mas não aguentou por muito tempo.

E agora, Jobson?
Está sem time, está sem discurso, está sem carinho porque bebe e fuma. Achou que os dias estavam contados para voltar ao Rio. O dia não veio, o bonde não veio, o riso não veio. Pediu ao presidente do Alvinegro que lhe desse uma última chance. Pedido negado pelas faltas em treino, desunião e falta de comprometimento.

E agora, Jobson?
Suas doces palavras nas entrevistas, sua gana de dar a volta por cima, sua vontade de sair do vício, de se desprender das drogas, de querer voltar a ser um grande jogador, sua justiça, e agora?
Renê Simões confiou no jogador, deu a chance que outros se recusaram a propor. Jobson contratado pelo Bahia no início de 2011. Prometeu gols, prometeu esforço, prometeu mudar. Queria mudar. Se esforçou. Fez gols importantes, conquistou a torcida tricolor. Será que finalmente deu certo? Com a chave na mão quis abrir a porta. Não existe porta.

Jobson, e agora?
Se você gritasse, se você se esforçasse, se você ganhasse, se você corresse, se comparecesse, se jogasse, se fosse...
Mas você não morre, você é duro, Jobson!
Agora sozinho, tem de pensar se continua jogador, se continuar baladeiro. Ainda não conquistou nada, não pode se dar ao luxo de fugir das críticas. Quem te apoia? Sem cavalo preto que fuja a galope, você marcha, Jobson!
Jobson, para onde?

sexta-feira, 11 de maio de 2012

Tóis contra rápa!

Responda rápido: Há quanto tempo não existe uma equipe que faça com  uma frequência tão grande mais de cinco gols por jogo?

Responda mais rápido ainda: Há quanto tempo um jogador brasileiro não bate tantos recordes?

Por último: Qual foi a última vez em que houve uma combinação tão certa, em que se encaixa o melhor técnico do Brasil com o melhor elenco e o melhor jogador?

Corintianos devem ficar empolgados com a boa fase na Libertadores? Sim, claro! A melhor dupla de volantes do país, com uma das defesas menos vazadas da história do Campeonato, não é pra qualquer um.

E o Fluminense estrelado? Já venceu dois dos favoritos (Internacional e Boca Juniors), coisa que nenhuma equipe teve a chance e capacidade de fazer ainda nesta competição. Deve ficar entusiasmado também.

E o Vasco? Um pouco abaixo destes outros concorrentes, mas não desiste nunca. Por falar nisso, há muito tempo não via tantos jogadores cobrarem penalidades com tanta tranquilidade. Ou há muito tempo, ou nunca.

Tantas perguntas mas... dá pra perceber que as perguntas feitas sobre a equipe do Santos não se encaixa em nenhuma outra?

Agora acho que já da pra responder rápido: Qual é o favorito para vencer a Libertadores?


quinta-feira, 3 de maio de 2012

O último que sair apaga a luz!

Nos últimos dias e semanas, o que não falta na Sociedade Esportiva Palmeiras são notícias relacionadas a saída de jogadores. Certo mesmo, ou praticamente definidido, são seis jogadores deixando o clube: Fernandão, Ricardo Bueno, Gerley, Chico, Tinga e Pedro Carmona. Os destinos são os mais variados, passando por Atlético-PR, Bahia, Coritiba, Ceará e São Caetano.

Pedro Carmona chegou do Criciúma como promessa, mas nunca vingou no Palmeiras
A torcida pode, por um momento, gostar das informações, uma vez que esses jogadores citados nunca caíram realmente no gosto dos palestrinos. Mas é melhor os torcedores pararem para pensar se o que está acontecendo é realmente bom para o clube. Os cinco jogadores, mesmo não sendo titulares, compunham o elenco e formavam um banco de reservas razoável.
Agora, o técnico Luiz Felipe Scolari, que já acumulava muitos problemas para resolver, terá que quebrar a cabeça para formar um novo grupo de jogadores para compor o banco de reservas. Alguns podem dizer que a diretoria alviverde já está se mexendo, afinal trouxe Mazinho, Fernandinho Galhardo, ambos do Oeste, e solicitou a volta do meia Felipe, emprestado ao Mogi Mirim, uma das surpresas do Campeonato Paulista.

Felipão terá muito trabalho para arrumar o Palmeiras para sequência da temporada
Uma solução para Felipão pode ser recorrer a jogadores da base. Muitos surgiram como promessa na Copa São Paulo de futebol júnior, mas poucos foram utilizados na equipe profissional. Nomes não faltam. Gilsinho, Ramos, Patrick Viera, entre outras apostas atuais, como João Denoni, Bruno Dybal, Wellington e Diego de Souza.
Resta saber se estes reforços e jovens jogadores irão suportar o clima instável do Palmeiras, afinal, as terras do time de Parque Antarctica parecem ser mais um campo minado, do que um campo de futebol.

João Denoni, uma das jovens promessas da base alviverde